SUPREMO TRIBUNAL FRANCÊS CONDENA NICOLAS SARKOZY POR FINANCIAMENTO IRREGULAR DE SUA CAMPANHA DE 2012
- Fabio Sanches

- 26 de nov.
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Ex-presidente foi condenado a seis meses de prisão domiciliar por financiamento irregular de campanha, marcando sua segunda condenação definitiva.
PARIS, 26 de Novembro de 2025 – O Tribunal Supremo da França confirmou nesta quarta-feira (26) a condenação do ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007–2012) a seis meses de prisão. A pena, que deverá ser cumprida em regime domiciliar, é referente ao financiamento irregular de sua campanha eleitoral de 2012.
Esta é a segunda condenação definitiva contra Sarkozy, que já havia cumprido pena com o uso de tornozeleira eletrônica no início deste ano por um caso anterior de corrupção e tráfico de influência.
O Caso Bygmalion
O julgamento confirmou a existência de um esquema de empresas e faturas falsas, conhecido como Caso Bygmalion, criado para dissimular os gastos excessivos da campanha presidencial de 2012, que terminou com sua derrota para François Hollande.
Os juízes consideraram provado que a campanha gastou 43 milhões de euros, quase o dobro do limite autorizado por lei. A corte derrubou o argumento da defesa de que Sarkozy desconhecia o esquema, afirmando que o ritmo frenético e custoso da campanha não poderia ter passado despercebido ao candidato.
Pena: Seis meses de prisão, que será cumprida em regime domiciliar.
Decisão: O Tribunal Supremo rejeitou o recurso apresentado pela defesa, tornando a condenação definitiva.
Um juiz de garantias determinará agora se Sarkozy deverá usar novamente uma tornozeleira eletrônica ou se serão estabelecidas outras modalidades para o cumprimento da nova pena.
Reputação e Outros Processos
A confirmação da condenação por financiamento irregular representa mais uma mancha na reputação política de Sarkozy, de 70 anos. O ex-presidente ainda enfrenta outras causas abertas, sendo a mais notória a investigação sobre o financiamento líbio de sua campanha presidencial de 2007, que o levou ao Palácio do Eliseu.
Revisado por Fábio Sanches







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