Após prisão de Bolsonaro, direita se mobiliza no Congresso e futuro político entra em disputa
- Fabio Sanches

- 16 de set.
- 2 min de leitura

Condenação histórica no STF
O Brasil vive um momento decisivo em sua história política. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, associação criminosa e dano qualificado. A decisão marca um dos episódios mais polêmicos e simbólicos desde a redemocratização.
Reação imediata no Congresso
A repercussão foi imediata. Parlamentares de direita e aliados de Bolsonaro no Congresso reagiram com propostas para suspender processos em curso no STF e até alterar as regras do foro privilegiado, numa tentativa de modificar o rumo das ações penais. Na Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou relatório que pede a suspensão da ação contra Bolsonaro e o deputado Alexandre Ramagem, aliado próximo do ex-presidente.
Anistia e mobilização popular
No Senado, vozes conservadoras defendem uma “anistia ampla” para os envolvidos nos atos antidemocráticos, inclusive Bolsonaro, alegando que a condenação representa perseguição política. O discurso tem ganhado força em manifestações populares de direita, como o movimento “Reaja Brasil”, que promete intensificar protestos em todo o país.
STF resiste a manobras
Apesar da pressão, especialistas lembram que qualquer tentativa de anular ou enfraquecer condenações enfrentará forte resistência jurídica. O STF já sinalizou que não aceitará medidas que contrariem a Constituição, sobretudo em casos de crimes contra a democracia.
O futuro da direita no Brasil
Com Bolsonaro preso e inelegível, a direita enfrenta um dilema: manter-se unida em torno de sua figura ou abrir espaço para novas lideranças. Analistas avaliam que o caminho dependerá da capacidade de mobilização social, da viabilidade de aprovar mudanças no Congresso e do impacto da crise entre eleitores mais moderados.
Enquanto isso, o governo Lula observa com cautela a movimentação, ciente de que o embate entre Judiciário e Legislativo deve marcar os próximos meses e influenciar diretamente o cenário eleitoral de 2026.
Por Via News







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