ALCOLUMBRE E MOTTA NÃO COMPARECEM À CERIMÔNIA DE SANÇÃO DE LEI DO IR E CRIAM MAL-ESTAR COM O GOVERNO
- Fabio Sanches

- 26 de nov.
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Ausências dos presidentes da Câmara e do Senado na cerimônia reforçam crise entre Executivo e Legislativo, intensificada pela indicação de Jorge Messias ao STF.
BRASÍLIA, 26 de Novembro de 2025 – O Governo Federal sofreu um novo revés na sua relação com o Congresso Nacional. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), faltaram à cerimônia de sanção da Lei do Imposto de Renda (IR), expondo o mal-estar e a crise de confiança que paira sobre a articulação política do Planalto.
A cerimônia, que deveria selar uma vitória legislativa, foi ofuscada pela ausência das duas principais lideranças do Congresso, interpretada nos bastidores como um claro sinal de descontentamento e insatisfação com o Executivo.
Motivações da Ausência
Embora Hugo Motta tenha alegado "compromissos internos" para justificar sua ausência, o desgaste político é evidente. Fontes ligadas à Casa Alta indicam que Alcolumbre simplesmente “não tinha clima” para comparecer, refletindo uma relação azeda com o Presidente da República.
O atrito entre Lula e Davi Alcolumbre atingiu seu pico com a indicação de Jorge Messias para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O senador, que preside o Congresso, sentiu-se escanteado por não ter sido consultado antes do anúncio, especialmente após ter defendido a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O constrangimento com Messias é tão grande que, conforme noticiado, a análise do indicado no Senado tem sido protelada.
Além do atrito com o Senado, o Governo já vinha enfrentando dificuldades com Motta na Câmara, que criticou publicamente o Planalto por supostamente tentar desgastar a imagem da Casa em relação a projetos como o PL Antifacção.
Impacto na Reta Final
A falta de diálogo e a crise de confiança ocorrem em um momento crítico para a articulação governamental. O Planalto precisa agora trabalhar dobrado para garantir a aprovação de matérias essenciais na reta final do ano legislativo, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026.
A expectativa é que o Presidente da República precise intervir pessoalmente, buscando conversas com Alcolumbre e Motta, oferecendo compensações políticas para tentar reverter o desgaste e evitar novas derrotas no Congresso.
Revisado por Fábio Sanches







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